Um dia com os monges
Publicado; 19/10/2013 Arquivado em: Índia 17 ComentáriosSó soubemos que haveria uma cerimônia especial no monastério de Thikse um dia antes, avisados por dois viajantes que já haviam passado por lá. Decidimos mudar o cronograma e reservamos um dia inteiro para imersão no universo budista.
Casa de milhares de refugiados desde a invasão chinesa no Tibete, o Ladakh indiano é repleto de monastérios, encravados no alto de rochas com vistas deslumbrantes. Em Thikse não é diferente – muitos consideram o local uma réplica do monastério tibetano de Potala. Atualmente o lugar tem 80 monges e 20 pequenos futuros monges (o mais jovem com três anos e meio).
A cerimônia especial em questão é a destruição da mandala. Durante uma semana, os monges trabalham construindo lindas formas com areia colorida. Depois apagam o trabalho, simbolizando a efemeridade das coisas materiais. O evento ocorre apenas três vezes por ano, com três mandalas diferentes – cada uma delas representa uma entidade específica do budismo.
Devido ao início da baixa temporada e ao isolamento dos monges, que não fazem questão alguma de divulgar o acontecimento, menos de 10 turistas presenciaram o ritual. A destruição da mandala é precedida por várias cerimônias. Na primeira, realizada no pátio do monastério, um monge conduzia as rezas enquanto queimava ofertas. Bumbos, cornetas, pratos e trombones típicos finalizavam cada ciclo de orações em epifania.
A segunda cerimônia aconteceu dentro do templo. Sentados em tapetes no fundo da sala, nos sentimos integrados ao receber o mesmo chá de manteiga e biscoitos servidos aos monges. Mais uma vez, rezas e instrumentos que retumbavam na mente e no coração, elevando qualquer resquício de pensamento mundano.
A destruição da mandala veio em seguida. A dor no coração de ver um trabalho tão lindo virando pó, literalmente, logo passa quando internalizamos o sentido de tudo aquilo. Seguimos ofegantes os ligeiríssimos monges escadaria abaixo até o rio. Na última cerimônia, lançamos na água o mix mágico de areia multicolor.
Um dia para ficar na memória. Para sempre.
Aqui o começo da destruição da mandala.
Gostei!!!
=)
Esse chá de manteiga é o que eles chamam de tibetan tea? Que tem um cheirao de queijo???
Ate onde achei nos lugares estava escrito butter tea! Mas é meio salgado mesmo!
Com certeza!! é uma grande lição mesmo! mas que bom que é assim! pensou se as coisas na nossa vida( principalmente as tristes) não pasassem?! bjssss
É verdade!
É verdade!
adorei….. simbolizando a efemeridade das coisas materiais…
Tudo passa muito rápido e nada é eterno, grande lição! Bj
Que coisa maravilhosa Debora!! que legal você conseguir participar de algo tão único e tão libertador. Tudo a ver com a sua viagem!!! e com seu espírito!!
ps: to adorando os relatos
beijos
E eu estou adorando voce adorando os relatos! Hehe Na próxima viagem para o oriente quem sabe voce nao anima Índia ci? Bj
Que coisa linda !!!!!!
Que lição e que dia para ser eterno.
Boa viagem….
É mesmo Mara, foi incrível! Beijo
Deb, que benção participar dessa cerimônia….Fiquei muito feliz por você!!! Estou adorando os seus relatos….Beijos!
Sua cara esse tipo de viagem Virgínia! Estou tentando carregar mais fotos e vídeos do dia, depois volta no post que deve ter mais coisa! Bj
coloca foto da mandala feita e destruída! boa viagem! bj
Estou tentando, mas aqui tem sérias restrições de internet e so consigo carregar um pouco de coisas por vez! Na verdade queria colocar o vídeo, uma hora vai! Hehe bj