Dois casamentos, uma solteirona e um bebê

A vida definitivamente virou uma comédia romântica.

Parecia filme, mas era vida.

Parecia filme, mas era vida.

A bagunça do apartamento em desocupação é a metáfora do sentimento caótico da partida. Despedidas que já duram meses, últimos acertos dos acertos que nunca terminam, planos que só Deus sabe se vão funcionar na prática. Família enfrenta 10 horas de viagem para se apertar no apartamento de um quarto, aquele em desmanche, até o tchau no aeroporto.

Ontem, quando eles chegaram, eu não estava: era madrinha do casamento da primeira amiga da turma que anda se amando há 10 anos. Em um verdadeiro transe de felicidade e histeria coletivas, deu até para esquecer que em três dias chego em outro planeta.

A volta do sabático já tem data, porque a amigona-irmã de infância também decidiu se casar no final do ano que vem. Seria irônica essa sequência de enlaces decisivos enquanto ando sozinha pelo mundo se eu mesma não tivesse ganhado uma aliança ontem. “Ué, mas ele não era gay?”, alguém perguntou.

Enquanto isso, meu amigão querido avisa que está esperando um bebê. Uma vidinha nova para coroar esse tanto de vida que anda acontecendo por aí.