Finanças e a arte de ser conservadora

(Kevin Dooley / Creative Commons)

(Kevin Dooley / Creative Commons)

Todos querem saber como vou me manter durante a viagem. Juro que queria apresentar tabelas, gráficos e fórmulas mágicas de gastos e economias, mas confesso que não sou parâmetro para quem começou o planejamento financeiro meses antes de ir.

Como já devem ter percebido, a vontade de passar um tempo fora não é um surto que surgiu do nada. Sempre insisti nisso, e dadas as negativas frequentes dos meus pais, adotei o clássico: “Quando tiver meu dinheiro, eu vou”. Acabou que esses vetos lá de casa tiveram um ótimo efeito pedagógico. Criei senso de responsabilidade para ir economizando desde cedo, sem precisar me privar de nada que era fundamental.

Outra característica que me exclui de possíveis referências é a paranoia conservadora que tenho em relação a dinheiro. Muitos viajantes acham bem ok guardar uma quantia mínima e depois se virar, passando perrengue se necessário. Eu já sou dessas que precisam de um bom colchão de reserva para ficar tranquila, inclusive para manter tudo sob controle na volta.

Mas a boa notícia é que a Ásia é um continente muito barato. A Rachel Verano, jornalista tarimbadíssima de turismo e lifestyle e autora do delicioso blog I’m In Asia Now (inspiração-mor para essa viagem sair do papel), disse que o gasto para duas pessoas, incluídos os deslocamentos internos, não passou de 1500 euros por mês. “Uma amiga fez a volta ao mundo sozinha num esquema bem mochilão e fez cálculos de US$ 1.000 por mês, em média”, completou, em uma das mensagens que trocamos.

Animados?