Por que outubro?
Publicado; 12/09/2013 Arquivado em: Índia, Pré-viagem | Tags: Brahma, Diwali, Dussehra, Festivais da Índia, Holi, Monções, Pushkar Fair Deixe um comentárioNinguém entendeu muito quando marquei o começo da epopeia para outubro, um mês normal para nós brasileiros. Mas como tudo na viagem, isso também tinha sua razão de ser.
Primeiro veio o clima. A melhor época para visitar a Índia, nosso ponto de partida, é entre outubro e janeiro. É um período mais fresco que chega logo após as monções, fenômeno que conhecemos bem pela televisão. As chuvas caem forte entre junho e setembro, deixando rastros de inundações e caos em várias partes do país. Também percebi ser prudente evitar a época entre março e maio, quando não é raro os termômetros marcarem 45 graus (sorry, Rio).
O segundo quesito foi cultural. Claro que a Índia tem festivais o ano inteiro, mas percebi que havia uma concentração interessante nesse período. Logo na minha chegada a Delhi, em meados de outubro, tem o Dussehra. Essa festa é super popular e ganha nomes diferentes em outras partes do país. Resumidamente, os indianos comemoram a vitória do bem sobre o mal.
No começo de novembro tem o Diwali, o Festival das Luzes. Mais uma vez, as divindades são o foco das comemorações, turbinadas com fogos de artifício, procissões e iluminação especial nos prédios tradicionais.
Saindo do campo religioso, em meados de novembro tem a Feira de Pushkar. Se na maior parte do ano essa pequena cidade do Rajastão atrai fieis para visitar um dos raros templos dedicados ao deus Brahma, na época da feira ela atrai milhares de comerciantes interessados em negociar camelos e gado, algo que lembra remotamente nossas feiras agropecuárias. Só adiciona aí umas toneladas de exotismo.
Infelizmente, o Holi vai ter que ficar para a próxima. Espécie de Carmaval dos indianos, o Festival das Cores acontece em março celebrando a chegada da primavera. Sempre foi um dos meus preferidos pelas imagens lindas que chegam de lá, com o povo na rua coberto de pó colorido e de tinta dos pés à cabeça. O festival se popularizou tanto pelo mundo que já soube de pelo menos duas versões em São Paulo apenas neste ano.
Como não amar esse país festeiro?